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Quênia: o país dos corredores

Quênia: o país dos corredores

Os corredores quenianos são os melhores do mundo! Os maiores maratonistas da história são eles. Nos últimos 8 recordes conquistados em Maratonas, 6 foram de quenianos.

Eliud Kipchoge é queniano, bi-campeão Olímpico e o corredor mais rápido do mundo. Em 2016, no Rio de Janeiro, tornou-se o primeiro maratonista queniano a ganhar um ouro olímpico. Em Viena, na Áustria, em 2019, tornou-se o primeiro ser humano a percorrer a pé 42 quilômetros em menos de duas horas. Ele completou uma Maratona em 1 hora, 59 minutos e 40 segundos, mas a marca não foi validada pois não foi feita dentro das regras da Federação Internacional.

Mas qual é o segredo dos quenianos?

Já adiantamos que não existe receita ou fórmula mágica!

O sucesso dos quenianos no mundo da corrida se dá por uma série de fatores, entre eles: a altitude do país, a alimentação e o meio em que vivem (estilo de vida e cultura). Alguns também acrescentam os pontos de genética e biomecânica de corrida.

Os quenianos nascem, vivem e treinam em uma altitude elevada de 2400 metros acima do nível do mar, isso faz com que seus corpos se acostumem a trabalhar com menos oxigênio e a se adaptar. Como geralmente as competições são a nível do mar ou pouco acima, confere uma pequena vantagem sobre os outros corredores, pois aumenta a oxigenação e, consequentemente, a diminuição da fadiga. Entretanto, longe disso ser o essencial, pois em outros lugares do mundo, como Bolívia, Peru, Chile e Colômbia, também há grandes altitudes, mas não tem atletas do nível dos quenianos.

E o tal do DNA de corredor?

Especialistas afirmam que os quenianos possuem DNA de corredor, que seria caracterizado por um VO2 máximo muito alto (VO2max. é a capacidade aeróbica, ou seja, a capacidade do corpo de levar o oxigênio mais rápido para o músculo) e maior economia de energia. Também acumulariam menos ácido láctico (que causa fadiga muscular) no sangue durante a prova. Tudo isso contribui para redução de fadiga e melhor resistência aeróbica na corrida.

Kipchoge faz parte do grupo étnico Kalenjin, que compõe 12% da população queniana, mas é a etnia de 80% dos fundistas do país. São pessoas magras e de perfis atléticos, o que ajuda em corridas de longa distância. Porém, o fator determinante é que os quenianos começam a correr (descalços) desde 5-6 anos de idade, não só para ir a escola, mas também no seu deslocamento, para tarefas diárias e até nas suas brincadeiras. Devido ao fato deles correrem descalços, acabam desenvolvendo a técnica de correr mais com a planta do pé para não se machucar, ao invés de apoiar o calcanhar primeiro, o que diminui o tempo de contato do pé com o solo. Ou seja, batem o pé mais rápido no chão e, consequentemente, aumentam sua velocidade.

Como são os treinos?

Os treinos deles são realizados em trilhas de terra batida e montanhas, exigindo mais força e ajudando a reduzir o risco de lesões. Além disso, não fogem de treinos intensos e, na maioria das vezes, correm mais de uma vez por dia, chegando a marcas de 40 Km, o que requer boa recuperação.

A alimentação é muito diferente?

Em relação a alimentação, segundo Kipchoge, geralmente o primeiro treino é em jejum, depois a base da alimentação é de carboidratos. A proteína é consumida apenas duas vezes por semana. O ugali, prato típico, é o principal alimento (feito com farinha de milho e água).

O fator socioeconômico influencia em algo?

Com certeza. A população queniana, em geral, não tem muitas condições e materiais para desenvolverem outros esportes e outras atividades. A corrida já faz parte da cultura, está inserida no cotidiano desde a infância e, também é uma forma que muitos quenianos veem de ascensão financeira. Por isso, eles se dedicam muito para correrem muito bem.

Diante de todos os fatores, é difícil dizer qual é o segredo que determina o sucesso dos quenianos. Acreditamos que tudo tenha sua parcela de contribuição, mas além de tudo, a disciplina e o trabalho duro estão muito presentes na vida de todos que chegaram onde estão.

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