Essa mudança visava oferecer uma oportunidade para clubes da Ásia, África, América do Norte e Oceania competirem e ganharem visibilidade internacional.
A partir de 2005, a FIFA consolidou o novo formato, passando a realizar o Mundial de Clubes anualmente e incluindo representantes de todas as confederações continentais. Esse formato trouxe uma fase de eliminatórias para os clubes campeões de ligas menos expressivas, que precisavam enfrentar clubes maiores para avançar no torneio.
Com isso, o Mundial se tornou mais democrático, permitindo que times de mercados emergentes, como o Al Ahly do Egito e o Kashima Antlers do Japão, tivessem a chance de competir contra potências europeias e sul-americanas, levando o futebol a novas audiências e incentivando o crescimento do esporte.
Essa expansão do formato teve um impacto profundo no cenário global do futebol, ampliando o alcance do torneio e promovendo a competitividade entre clubes de diferentes estilos e tradições. Embora os clubes europeus continuem dominando o Mundial, os times de outros continentes têm demonstrado crescimento e qualidade, surpreendendo em algumas edições.
Além de aumentar a diversidade no campeonato, o novo formato reforçou a relevância do torneio, transformando-o em uma celebração da globalização do futebol e em um palco de sonhos onde clubes de qualquer parte do mundo podem buscar o título de melhor equipe do planeta.
Principais Confrontos e Momentos Memoráveis do Mundial
Ao longo das edições do Mundial de Clubes, diversos confrontos se tornaram icônicos e ajudaram a consolidar o prestígio da competição. Um dos momentos mais marcantes ocorreu em 2000, na final do primeiro Mundial da FIFA, quando o Corinthians enfrentou o Vasco da Gama no Maracanã.
Após um jogo tenso que terminou empatado em 0 a 0, o título foi decidido nos pênaltis, e o Corinthians sagrou-se campeão, levando o troféu e escrevendo seu nome na história do torneio. Esse confronto destacou o papel do Brasil como país pioneiro na competição e serviu de impulso para a popularização do Mundial.
Outro duelo histórico foi protagonizado pelo São Paulo, em 2005, na final contra o Liverpool, então campeão europeu. Naquela partida, o goleiro Rogério Ceni teve uma atuação excepcional, realizando defesas decisivas que garantiram a vitória do São Paulo por 1 a 0.
Em 2012, o Corinthians voltou ao cenário do Mundial e protagonizou outro momento memorável ao vencer o Chelsea, campeão da Liga dos Campeões. Em um jogo disputado no Japão, o Corinthians venceu por 1 a 0, com um gol de Paolo Guerrero, e trouxe novamente o troféu para o Brasil. A vitória foi marcante por interromper a sequência de títulos dos clubes europeus e reacender o orgulho dos torcedores brasileiros.
Outro momento inesquecível ocorreu em 2018, quando o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, surpreendeu o River Plate e avançou à final do torneio. A equipe dos Emirados venceu nos pênaltis, desafiando as expectativas e empolgando torcedores locais e de outras partes do mundo.
Embora o Al Ain tenha sido derrotado na final pelo Real Madrid, seu desempenho foi um marco para clubes de fora da Europa e América do Sul, mostrando que o Mundial pode ser palco de surpresas e de histórias inspiradoras para o futebol global.
Em 2020, o Bayern de Munique reafirmou o domínio europeu ao vencer o Tigres, do México, na final, tornando-se o segundo clube a conquistar todas as competições possíveis em uma temporada. Essa partida destacou a qualidade técnica e o preparo tático dos europeus, mas também marcou a primeira vez que um clube mexicano chegou à decisão do Mundial de Clubes.
A presença do Tigres na final foi histórica, representando o crescimento do futebol na América do Norte e inspirando novos objetivos para equipes de ligas emergentes. Esses confrontos e momentos memoráveis fazem do Mundial um palco vibrante de histórias e rivalidades, onde cada edição revela novos heróis e surpresas.