Durante esse tempo, os jogadores alternam entre momentos de alta intensidade, como sprints e disputas pela bola, e períodos de recuperação ativa, nos quais se reposicionam ou aguardam uma jogada. Esse ciclo contínuo de esforço físico demanda um preparo aeróbico e anaeróbico excepcional, pois é preciso resistir ao cansaço sem comprometer a agilidade e a precisão.
Por isso, os treinamentos voltados para o futebol incluem simulações de jogo e práticas de resistência cardiorrespiratória. Além do condicionamento físico, a preparação para uma partida de 90 minutos envolve um trabalho intenso de fortalecimento muscular e prevenção de lesões.
Os músculos dos jogadores são constantemente exigidos em ações explosivas, como saltos, chutes e mudanças rápidas de direção, o que aumenta o risco de lesões, principalmente no segundo tempo, quando a fadiga muscular é mais evidente.
Para mitigar esses riscos, os times investem em treinos de força, flexibilidade e recuperação ativa, com o objetivo de manter a capacidade física e a segurança dos atletas ao longo do jogo.
Outro aspecto relevante do condicionamento para esse tempo é a gestão da energia e da nutrição dos jogadores. Com a orientação de nutricionistas esportivos, os atletas seguem uma dieta que maximiza o armazenamento de glicogênio muscular, essencial para sustentar o ritmo elevado da partida.
Durante o intervalo, muitas equipes também oferecem reposições rápidas de energia, como bebidas isotônicas, para ajudar os jogadores a manterem a performance. Esse planejamento integrado de treinamento e nutrição é essencial para que os atletas suportem a intensidade durante todo o jogo e ofereçam o melhor desempenho até o apito final.
Possíveis Mudanças no Tempo de Duração: Tendências e Discussões Atuais
Nos últimos anos, surgiram debates sobre a possibilidade de alterar a duração das partidas de futebol, principalmente em competições oficiais. Uma das propostas mais discutidas é a redução do tempo total de jogo para 60 minutos "cronometrado", em que o relógio pararia sempre que a bola estivesse fora de jogo.
Esse formato, inspirado em esportes como o basquete, busca reduzir as interrupções e garantir que o tempo de jogo seja realmente aproveitado, o que poderia aumentar o dinamismo das partidas e manter o interesse dos espectadores em alta do início ao fim.
A ideia do tempo "cronometrado" ganhou força diante das preocupações com o tempo efetivo de jogo, que frequentemente é bem inferior aos 90 minutos oficiais. Em muitas partidas, o tempo real de bola rolando fica em torno de 55 a 65 minutos, devido a pausas para substituições, lesões, discussões com a arbitragem e outras interrupções.
Com o tempo cronometrado, espera-se que as partidas ganhem fluidez e intensidade, já que cada segundo de jogo efetivo passaria a contar para a duração total, eliminando a prática de "queimar tempo" e valorizando a ação em campo.
Apesar dos benefícios propostos, essa ideia enfrenta resistência entre jogadores, técnicos e torcedores que valorizam a tradição dos 90 minutos como um símbolo do futebol. Muitos argumentam que essa mudança alteraria profundamente a essência do esporte e exigiria uma adaptação significativa dos jogadores e das estratégias.
Ainda assim, a proposta continua a ser discutida em reuniões de entidades como a IFAB e a FIFA, que consideram as opiniões da comunidade esportiva e estudam a viabilidade de uma possível implementação em competições futuras.